quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Limiar em ebook gratuito

Bom dia queridos! Hoje venho anunciar que preparei um presentinho de reveillón pra vocês! Disponibilizei Limiar, o primeiro livro da série, para download gratuito na Amazon, em formato ebook. Se você ainda não conhece essa inusitada história de anjos, aproveite, a oferta vai até o dia 03/01!!!




domingo, 28 de dezembro de 2014

Profissionais da Literatura

Eu já disse outras vezes aqui e também no blog A Arte de Escrever, que quando iniciei minha carreira literária, não tive orientação alguma e “caí de paraquedas” nesse meio. Foi à base de muitos tropeços, que aprendi o pouco que sei hoje sobre o “caminho das pedras” e que hoje compartilho com vocês. Uma das coisas que eu desconhecia e que teriam me ajudado muito no início, era a exata função dos profissionais da Literatura. Confesso que alguns deles, eu até desconhecia, outros, subestimava sua importância, mas creiam-me, se eu os tivesse buscado logo no começo, teria poupado muito dinheiro, tempo, energia e decepções...
                É para evitar que outros autores iniciantes incorram nos mesmos erros, que hoje escrevo essa matéria pra vocês, apresentando e explicando as atribuições de cada profissional da Literatura que você vai encontrar no tão sonhado e árduo caminho da publicação do seu original.

Vamos lá:

Consultor Literário: Este é o primeiro profissional que você deve procurar. Sei que muitos acham que ele é desnecessário, um gasto a mais. Mas acredite, o dinheiro que você gastar com ele, será muito bem empregado. O consultor literário é alguém que conhece o mercado literário, suas tendências e também técnicas de redação, construção de cenários, personagens e tramas. Sua função será avaliar seu original e indicar as mudanças necessárias, as melhorias a serem feitas, os pontos a serem reescritos, enfim, ele lhe indicará como melhorar sua obra, de forma clara, precisa e honesta. Não pense que amigos e conhecidos farão o mesmo por você, como eu disse, este é um PROFISSIONAL, com anos de experiência e que não dourará a pílula pra você, não temerá magoá-lo, algo extremamente necessário neste início, pois ele fará observações incisivas sobre seu texto, não para humilhá-lo nem denegri-lo, mas para aperfeiçoá-lo e ajudá-lo verdadeiramente, algo que por mais bem intencionados que seus amigos e familiares possam ser, ao dizer apenas que seu texto é maravilhoso e perfeito, eles não o farão. Existem também, os consultores literários que trabalham dentro das editoras, estes serão os responsáveis por “lapidar” seu texto após ele ter sido aceito, também pela construção de sinopses e textos de orelha e divulgação da obra.

Agente Literário: Pouco conhecido no Brasil, este é um profissional, que, quando realiza seu trabalho seriamente, pode fazer toda a diferença entre seu original ser aceito ou não pelas Editoras. O agente literário é alguém que possui contatos no meio literário e também vasto conhecimento acerca do mercado, das tendências e das editoras. Ele será o responsável por analisar seu original, analisar o potencial dele e encaminhá-lo às Editoras corretas, aquelas que possuem reais chances de aceita-lo. Ele é o famoso Q.I. (Quem Indica), através dele, você conseguira que seu original seja avaliado em Editoras, aonde ele seria simplesmente descartado sem sequer ser aberto, isso porque ele conhece as pessoas certas dentro das empresas e a forma de abordá-las. Por isso, repito, que todo dinheiro gasto com ele, pode ter certeza que será bem gasto.

Analista de originais: Este é o profissional responsável por receber e avaliar seu original quando ele chega à Editora. Jamais o confunda com um consultor literário ou com um editor. Sua função é simplesmente avaliar a obra e decidir se ela será publicada ou não. Não é função dele editar sua obra, menos ainda ficar indicando ao autor o que ele deve alterar em seu original. JAMAIS fique perguntando a ele porque sua obra foi recusada, ele não lhe deve explicações e nada que você diga vai fazê-lo mudar de ideia, para isso, contrate um CONSULTOR LITERÁRIO.

Editor:  Este profissional é muito confundido com o analista de originais e o consultor literário, mas, por mais que julguem o contrário, ele não é um Deus, onipotente e onipresente. Geralmente, o editor só receberá seu original quando ele já estiver aprovado para publicação. Sua função é gerir os demais profissionais da empresa que agora trabalharão em seu livro: capistas, diagramadores, revisores, consultores literários, para que seu livro seja um produto de sucesso e rentável.


Cabem aqui algumas ressalvas:
  1.          Lembre-se que não há faculdade que prepare alguém para ser um profissional da Literatura especificamente, portanto, o critério de escolha de um profissional desse ramo, deve ser feito de forma adversa, há de se observar características tais como: idoneidade, força de vontade, relevância do profissional no cenário literário, experiências e vivências.
  2.        Cuidado com os “picaretas” e oportunistas que lhe prometerem o mundo e o fundo. Uma carreira literária é algo que demanda tempo, dedicação e esforço, e sucesso algum virá da noite para o dia.
  3.          Sempre digo, mas não custa repetir: seja humilde. SEMPRE. Há muitas pessoas que estão há muito mais tempo que você nesse meio e que podem ajudá-lo. Não se engane, por mais esperto e inteligente que você possa ser, ainda é apenas um peixinho dourado num tanque de tubarões. Angarie amizades e simpatias, ajude, auxilie, construa, prestigie. Ninguém gosta de arrogância e prepotência.
  4.          Não se engane, por melhor que sua obra seja, por mais que seus amigos, familiares e amantes digam que ela é o supra sumo da Literatura, que você é um gênio, um deus, apenas isso não basta. A carreira literária é feita sim, de boas obras, mas também de bons contatos e relacionamentos. Nesses três anos que tenho vivido nesse meio, já vi autores medíocres mas que sabiam se relacionar, alçarem as estrelas, enquanto autores talentosíssimos, mas com dificuldade de relacionamento, afundaram no mar do esquecimento. Pense nisso!!! 


sábado, 27 de dezembro de 2014

Construção de personagem

Construção de Personagem – Parte II

É claro que cada autor possui o seu próprio estilo, o seu método de trabalho. Ainda que não o tenha bem definido à princípio, a tendência é que aos poucos, ele vá moldando suas próprias características e metodologia. No início, pode-se pautar por algumas regras e dicas de “como escrever”, porém, faz parte de seu processo de amadurecimento, desvencilhar-se disso, adaptando tais regras à sua forma de criar.
Nenhum autor jamais está pronto. Cada novo texto, cada nova linha, novo parágrafo que escrevemos, é um aprendizado, e mesmo que vivamos 100 anos, ainda estaremos aprendendo. É possível perceber isso quando acompanhamos a carreira de um escritor ao longo dos anos e das obras. É notável seu amadurecimento como pessoa e como profissional da escrita. Às vezes, o autor “passeia” por diversos gêneros, formas de narrativas, personagens, cenários, até se “encontrar” realmente. E por vezes, ele nunca se encontra. Assim é a arte, uma eterna busca. Desilude-se quem se julga perfeito, intocável, livre de críticas. Sempre haverá algo a se lapidar, a se melhorar.
Eu, enquanto autora, tenho vivenciado isso. Alguns leitores já chegaram a comentar comigo que perceberam o quanto amadureci ao longo de meus três livros atualmente publicados. Inclusive como pessoa. E como meus textos refletiram o que se passava em minha vida. Isso, porque o escritor, não consegue escrever sem colocar em seu texto, o que lhe vai no mais íntimo. É impossível escrever sem desnudar sua alma (parafraseando minha querida amiga e colega Carolina Vilanova, com quem conversei longamente sobre isso recentemente). E se assim ele o faz, seu texto soa falso, sem vida, sem paixão, e então, não “convence”, não cativa, não emociona, não conquista. Porque a leitura, nada mais é, que o diálogo entre duas almas. Se o leitor ou o escritor não a colocam nesse processo, este torna-se estéril e vazio.
Mas, já divaguei demais, rs. O que eu realmente queria falar era sobre construção de personagens, um tema que eu já abordei no blog A Arte de escrever do meu colega de escrita e também conterrâneo Hermes Lourenço, onde colaboro como colunista (http://hmsfenix.blogspot.com.br/2014/06/construcao-de-personagem.html) há algum tempo atrás. Porém, agora, quero abordá-lo sob outro ponto de vista. Quero falar de uma experiência pessoal.
Embora eu possua apenas três livros publicados (Limiar, Abismo e Refúgio), eu possuo diversos projetos em andamento e alguns já concluídos, aguardando publicação. Tenho trabalhado em duas vertentes um pouco distintas, uma, destinada ao público jovem, do gênero literatura fantástica e outra, voltada ao público adulto, num estilo semelhante ao chick-lit. Ao realizar tais trabalhos, tenho trabalhado com personagens bem distintos e de personalidades conflitantes. Tal feito é muito prazeroso, mas também muito desafiador.

A primeira protagonista com a qual trabalhei, Ester Layil (da série Limiar), era uma adolescente, com a personalidade ainda em formação. Possuía dúvidas e receios próprios da idade, com alguns traços marcantes: introspectiva, tímida, meiga e doce. Ela correspondia muito ao padrão de uma heroína desse tipo de narrativa e não me foi muito difícil construí-la, já que ela, como eu disse, obedecia a certo padrão. Seus amigos e demais personagens da trama, foram inspirados em pessoas do meu cotidiano, o que também facilitou construção deles, outros, foram inspirados em lendas e arquétipos.

Já minha segunda protagonista, Alice (Filhos de Lilith, ainda não publicado), deu-me um pouco mais de trabalho. Expansiva, extrovertida, alegre, forte, determinada, apaixonada pela vida, audaciosa, ela era bem diferente das mocinhas “convencionais” e porque não dizer, de mim mesma. É claro que há nela algumas características minhas, afinal, um escritor jamais consegue conceber um personagem sem nele colocar algo de si, mas confesso que ela me era mais “distante” que Ester, tive que me esforçar um pouquinho mais na construção dessa personagem. Cabe inclusive, mencionar aqui, que a personalidade dela foi o pivô de meu desentendimento com meu parceiro, com quem eu estava escrevendo este livro, pois ele julgou que eu “suavizei” demais a personalidade dela. É o famoso caso onde o personagem “ganha vida” e seu criador já não pode mais controlá-lo. Eu queria que Alice fosse mais meiga, mais romântica, mas talvez, ela não tenha nascido para ser assim, afinal.

Depois, veio Lia (Meu garoto), minha primeira protagonista adulta e com ela, novos desafios. Lia tem 33 anos, mas é um pouco imatura, indecisa, receosa. Está passando por uma fase difícil e não a está encarando muito bem. É carente, dramática, chorona e muitas vezes se deixa levar pelas situações apenas para evitar conflitos. O crescimento e amadurecimento da personagem fazem parte do desenvolvimento da trama e foram-me muito custosos.

Agora, estou trabalhando num novo projeto, dentre tantos outros, que quero destacar. Trata-se de um livro com título ainda provisório, algo como “Solteira outra vez”. Íris, a protagonista, tem 35 anos e enfrenta uma situação semelhante à de Lia, porém, a encara com muito mais suavidade e bom humor, fazendo do limão que a vida lhe deu, uma bela caipirinha. Estou me divertindo muito com as aventuras dela e também aprendendo a rir das tragédias da vida, a ver o lado bom de tudo que nos acontece, a confiar mais, a ter mais fé, mais esperança.
É assim a vida do escritor: a cada personagem que lapidamos, aprendemos um pouco mais sobre nós mesmos... O importante é jamais perder o foco, jamais perder a humildade, jamais perder a sede de aprender, a vontade de crescer.
Para finalizar, deixo aqui uma frase que sempre vejo “circulando” pelo face, cuja autoria, infelizmente, não consegui precisar, entretanto, o que realmente vale, é a mensagem que ela nos traz:

“Por mais inteligente que alguém possa ser, se não for humilde, o seu melhor se perde na arrogância. A humildade ainda é a parte mais bela da sabedoria.”


P.S. Ficou curioso(a) para conhecer meus novos projetos? Clica na aba "Outros projetos", ali no canto superior do blog! 


sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Limiar no Wattpad e na Amazon

Após 3 anos a preguiça finalmente me permitiu colocar a série Limiar no Wattpad e também na Amazon! No wattpad, disponibilizarei apenas o primeiro livro, cujos capítulos serão colocados preferencialmente nas quartas-feiras até o final. Na Amazon, coloquei os três títulos, a um preço bem acessível que é pra todo mundo aproveitar! Então, se você ainda não conhece a série, não perca essa chance, pois é por pouco tempo!!!

Segue o link da história no Wattpadhttp://www.wattpad.com/81551500-limiar-entre-o-céu-e-o-inferno-volume-1
Este é o link para comprar Limiar na Amazon em formato ebook: http://www.amazon.com.br/gp/product/B00MTQBFWA

Link para comprar Abismo na amazonhttp://www.amazon.com.br/gp/product/B00MTQBN7C
Link para comprar Refúgio na amazonhttp://www.amazon.com.br/gp/product/B00MTQBGUQ


terça-feira, 4 de novembro de 2014

Editora Nova

Após um ano e meio numa parceria de muito sucesso com a Editora Literata, recebi a proposta de uma Editora maior e é com muita alegria que hoje venho compartilhar essa novidade com vocês. No dia 15 de outubro, fechei com eles o meu livro inédito Filhos de Lilith, que contará a Saga de Alice Layil. Ao contrário do que muitos pensam, não se trata de uma continuação da série Limiar, mas é uma história paralela a esta e com lançamento previsto para 2015.
Ontem, recebi a feliz notícia de que A Herança de Lilith, uma compilação da série Limiar, também será publicado pela Editora, também, provavelmente, em 2015. 
Mas, que Editora é essa? Tcham, tcham, tcham! 
É a Editora Madras, gente!!!
Eu conheci essa Editora na Bienal e desde então estou apaixonada por ela, namorando mesmo, rs. Trata-se de uma Editora tradicional e grande, com distribuição nacional, presente nas principais redes de livrarias e sites. É algo que eu sonhava há três longos e árduos anos, quem acompanhou minha luta, sabe disso e sabe também o que significa essa conquista pra mim. 

 É por isso que quero compartilhar essa enorme alegria com todos vocês, pois considero essa uma conquista não apenas minha, mas de todos os leitores e fãs da série Limiar, pois sem vocês, eu não teria chegado até aqui. 
Mas isso não é tudo, ainda existem mais novidades vindo por aí, aguardem!!!

Conheça um pouquinho mais sobre a Editora: www.madras.com.br

domingo, 5 de outubro de 2014

Novidades da série "Limiar"

Conforme eu havia prometido, hoje trago novidades sobre a Série Limiar! Em breve, ela será publicada em um volume único, com nova revisão, nova diagramação, nova capa e novo título!!! Confiram, abaixo, a nova capa, feita por Renato Klisman. 

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Conto Bônus da série "Limiar"

A série "Limiar" está passando por algumas alterações, que em breve serão publicadas aqui. Uma delas, é que o conto bônus "O Encontro", será anexado à próxima edição da série. Para quem já a possui, decidi disponibilizar aqui o texto, para apreciação de vocês. E para quem ainda não leu a série, que este texto sirva para aguçar ainda mais a curiosidade de vocês. Esse conto narra a descida de Samael ao inferno, algo que muitos leitores solicitaram incansavelmente. Espero que gostem!!! 

O Encontro
            Samael pousa na areia do deserto, sob o sol escaldante, com o espírito abatido. Sacando sua espada flamejante, exclama:
            - Batharyal, antigo anjo do Senhor, destituído de sua graça perante o Pai, antigo servo de Lúcifer, conhecido como jinni do deserto, como pai dos ladrões, eu, Samael, seu antigo comandante, em nome da essência que nos une, o invoco! – ao término de sua fala, o anjo caído bate com o cabo de sua espada no chão, provocando uma onda sísmica que se estende por muitos quilômetros.
            Os segundos que transcorrem parecem uma eternidade. Samael põe-se em pé e fica fitando o mar de areia à sua frente. De repente, um pequeno redemoinho começa a formar-se diante dele, e pouco a pouco o vento e areia rodopiantes dão lugar à imagem de um homem com imensas e frondosas asas cinzentas em suas costas.
            - Olá Samael. Ouvi dizer que havia saído do Vale dos Sentinelas, mas não esperava tão ilustre visita. A que devo essa honra? – saúda o recém-chegado.
            - Olá Batharyal. Receio que minha visita não seja puramente social. Vim pedir sua ajuda, meu amigo.
            - E no que eu poderia lhe ser útil, após tantos séculos?
            - Eu preciso que você me ensine o caminho para o Inferno, Batharyal. Bem sabes que nunca estive lá e não sei como chegar ao Abismo.
            - E que queres tu por lá? Se é que me permites tamanha curiosidade.
            - Tenho um acordo a propor para Lúcifer.
            - Pensei que já tivessem um.
- Mas eu quero propor-lhe uma mudança nos termos.
- Uma mudança nos termos de Lúcifer? Tenho que admitir que és muito corajoso. Ou burro.
- Talvez um pouco dos dois. Mas diga-me, vai ajudar-me ou não?
- Bom, se queres tão ansiosamente buscar sua destruição...
Após horas de exaustivo voo, Samael afinal enxerga abaixo de si, o vulcão indicado por Batharyal. Sem pestanejar, mergulha velozmente na cratera, lembrando-se das recomendações do jinni. Entretanto, sua velocidade não foi suficiente para escapar de Tiamat, um monstruoso dragão, de três cabeças e asas de morcego, que o atingiu com imensas e incandescentes labaredas de fogo que tomaram seu corpo instantaneamente, provocando ferimentos graves e profundos, preenchendo suas narinas com o cheiro de carne queimada. Suas asas foram consumidas rapidamente, o que o lançou numa queda vertiginosa e torturante. A dor era excruciante e parecia que jamais atingiria o chão. Entretanto, logo seu corpo atingiu o fundo, chocando-se violentamente contra ele, quebrando-lhe muitos ossos, aumentando ainda mais sua agonia.
- Ora, ora, o que temos por aqui? –  Samael ouve uma voz grave dizer acima de si, enquanto sente os ossos voltando ao lugar, a pele e penas regenerando-se, aumentando a dor. Virando-se para encarar seu interlocutor, deparou-se com um corpulento demônio de asas negras, que segurava as rédeas de Cérbero, o cão do inferno.
- Astaroth. – balbuciou, enquanto tentava levantar-se. – Vim para falar com Lúcifer.
- Por que queres falar com Lúcifer? Deveria estar tratando de cumprir sua missão.
- É exatamente sobre isso que quero falar com ele.
Erguendo uma sobrancelha, o guardião dos portões do inferno concorda: - Está bem, acompanhe-me.
Samael obedece e ignorando os protestos de seu corpo imortal que agoniza de dor, passa a seguir Astaroth pelos escuros e tortuosos caminhos que conduzem à região dos condenados, onde milhares de almas humanas gritam e se debatem, imersas em eterno tormento.  Dias pareceram se passar, enquanto eles desviavam das almas que imploravam por ajuda e por alguma espécie de redenção. Quando chegaram às margens do mar de fogo, Astaroth despediu-se dizendo:
- Só posso guiá-lo até aqui. Após sobrevoar o mar de fogo, encontrará uma estrada que o conduzirá até a morada de nossos irmãos.
- Obrigada Astaroth.
- Não me agradeça Samael, receio que o trouxe até o local de seu descanso eterno.
Samael acenou com a cabeça e alçou voo sobre a lava incandescente que separava a região dos condenados da morada dos jinnis. Mesmo para ele, o calor era insuportável e o vapor que o líquido exalava queimava suas recém-curadas feridas, causadas pelas chamas do dragão e pela queda. Respirou aliviado quando afinal tocou a outra margem e avistou uma estrada de tijolos amarelos que conduzia a um imponente castelo. Estava cansado, mas recusou-se a parar. Caminhou decidido até atingir os portões do palácio, aonde havia outro guarda, que ele também saudou pelo nome:
- Olá Abramalech. Vim para falar com Lúcifer.
- Entre Samael, ele o está esperando. – disse o monstruoso demônio, enquanto abria o portão para que o antigo comandante entrasse.
No suntuoso saguão interno, Samael encontrou Lúcifer, sentado em seu imponente trono de jade, incrustado de diamantes e rubi, ladeado por suas quatro esposas: Lilith, Mochlath, Naamah e Aggarath. As duas primeiras o fitaram com interesse, pois que ambas já haviam sido suas esposas também há era atrás. Porém, ele não se deteve a analisá-las demoradamente, ajoelhou-se e dirigiu-se ao senhor do inferno:
- Lorde Lúcifer, assim como já esperava minha chegada, presumo que já conheça o motivo de minha visita.
- Sim Samael, já sei o que vieste buscar e aviso de antemão que perdes tempo. Seus esforços seriam muito mais bem empregados na busca da realização de sua missão que em vir até meus domínios importunar-me.
- Mas lorde Lúcifer, não posso fazer o que me pedes. Não posso ferir a menina...
- Sabe Samael, foi esse tipo de atitude que o levou a ficar escondido no Vale dos Sentinelas por séculos, com medo do que eu e seus irmãos poderíamos fazer contra você. Você tem o péssimo hábito de se apegar aos mortais.
- Longe de mim questioná-lo milorde, mas também tu não escolheste dentre os mortais, três de suas esposas?
- Porém antes, fiz delas imortais poderosas e antes ainda, gerei nelas nefilins que foram o orgulho de sua raça. Só lhe peço isso, que gere na menina um nefilim macho, apenas um será o bastante, depois podes fazer dela e de ti o que quiseres.
- Mas e se o nefilim gerado for fêmea?
- Aí tentarás uma vez mais, até que finalmente consigas o nefilim que tanto precisamos.
- Mas ela será perseguida pelos anjos, sabes disso.
- Por isso a esconderemos aqui, para que aqueles malditos não coloquem as mãos nela.
- Ela pode ser morta no meio de nossos conflitos ou até mesmo ao dar a luz à criança. Além disso, sua alma seria comprometida. Não posso correr esse risco. Eu a amo e desejo viver com ela.
Mochlath arregalou os olhos e pareceu perder o ar por um instante ao ouvir tal declaração. Enfurecida, Lilith pôs-se de pé e começou a esbravejar:
- Como ousa questionar as ordens de meu marido, Samael?
Lúcifer interveio e ordenou que sua esposa se sentasse, calmamente voltando-se para o anjo caído, que humildemente permanecia prostrado à sua frente.
- Creio que tens uma contraproposta a oferecer-me. Gostaria de ouvi-la.
- Eu pensei em reunir meus filhos a seu serviço. Poderíamos rapidamente criar um exército de criaturas da noite e usá-los em lugar dos nefilins. Seria um trabalho mais rápido, mais fácil e que atingiria os mesmos objetivos.
- Seus filhos? Acaso refere-se aos íncubos e súcubos, aquelas criaturas horrendas às quais deste origem ao unir-se a minha amada Lilith nos primórdios da criação quando ela ainda era uma mera mortal?
- Sim, milorde. Bem sabes que um único íncubo é capaz de gerar dezenas de vampiros num curto espaço de tempo, seria algo muito mais rápido que gerar hordas e hordas de nefilins e com o mesmo resultado final.
O antigo anjo de luz refletiu por um instante, antes de tornar a falar:
- Não vejo por que eu não poderia ter uma coisa e outra. Poderia ter o exército de vampiros e ainda a minha legião de nefilins.
- Por favor milorde, abra mão da menina.
- Samael, os termos são os seguintes: Ou leva sua missão a cabo e engravida a menina, ou ordenarei que a tragam até aqui e a entregarei aos meus servos mais fiéis para que façam o que és incapaz de fazer.
- Não mestre, eu imploro, isso não!
- Então concorda em cumprir sua tarefa?
- Não, não posso comprometer a alma dela. Ela merece ir para o céu.
- Façamos o seguinte: Nergal, Baallberith, Gadrel e Asmodeu o levarão para as masmorras, onde terá a oportunidade de pensar melhor sobre esse assunto.
Ao término dessas palavras, quatro demônios, que montavam guarda nos cantos do castelo, aproximaram-se de Samael, a fim de aprisioná-lo, porém, o anjo caído não pretendia entregar-se tão facilmente. Rapidamente alçou voo, buscando atingir uma das janelas que abria-se lá no alto de um das torres. Contudo, Nergal agilmente acompanhou seu voo e agarrou seu tornozelo. Samael sacou sua espada e atingiu a mão do oponente, que o soltou, mas então foi a vez de Baallberith agarrá-lo, imobilizando suas asas, comprimindo o corpo contra o seu. O anjo caído ainda tentou atingir o inimigo com a espada, porém, Asmodeu a arrancou de suas mãos. Não dando-se por vencido, Samael atingiu a virilha deste com o joelho e também com um soco na cara, fazendo o demônio arquear-se de dor. Por fim, Gadrel surgiu com uma espada reluzente, feita de aço e transpassou o peito de Samael, que antes de render-se à inconsciência, ainda teve tempo de balbuciar um nome:
- Ester...





            

sábado, 5 de julho de 2014

Carpinejar

Gente, existem dois poetas que amo de paixão: Carpinejar e Bukowski. Quem os conhece, sabe que suas poesias não são nada "convencionais", mas elas tocam minha alma como nada mais no mundo... Por isso, hoje quero partilhar um texto de Carpinejar com vocês, um autor nacional e contemporâneo, que sabe descrever com perfeição os sentimentos desta sociedade moderna.
O quanto um livro pode mudar sua vida?

Mudar não, mas pode dar sentido a tudo o que sofreu. Pode explicar seu silêncio. Pode resgatar sua dignidade. Pode oferecer a maçaneta para que procure a porta. Pode mostrar que a vida não é brincadeira, mas pode ser alegre se atravessarmos a tristeza sem perder a esperança.
Somos o que ficamos depois de sofrer.
Porque na dor encontramos uma honestidade que não há em nenhum outro sentimento.
Porque na dor encontramos uma urgência que não há em nenhum outro lugar.
Porque na dor encontramos uma autenticidade que não há em nenhum conselho.
Ninguém usará disfarces, adiamentos, mentiras quando sofre. É quando nos conhecemos, nos aceitamos e passamos a amar as pequenas gentilezas e descobertas.
Somente aquele que cuidou de um pai ou mão doente saberá o que é ser filho.
Somente aquele que se separou ainda amando entenderá o que é casamento.
Somente aquele que perdeu um parente numa tragédia entenderá o que é fé.
Somente aquele que foi mendigo em sua casa entenderá o que é generosidade.
Sofrer é entender a si mesmo para ouvir com mais atenção e empatia.
Por mais angustiada que seja a perda,
por mais gritante que seja a separação,
por mais inimaginável que seja a injustiça,
temos uma incrível e maravilhosa
capacidade de sobrevivência, de nos 
regenerar, de despertar das ruínas, de
seguir em frente. Apesar de o passado 
querer nos puxar para ficar com ele.

"Me ajude a chorar", diz que você não está sozinho, nunca esteve, jamais estará.

As páginas do livro são braços abertos.

Este livro é meu abraço.

Fabricio Carpinejar

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Lançamento de Refúgio: Data e local confirmados

Afinal, depois de tanto marca e desmarca, foram definidos a data e o local de lançamento de Refúgio, espero por vocês lá!!!



sexta-feira, 2 de maio de 2014

Resenha do Filme "Noé"

Eu nunca fiz uma resenha sobre um filme. Tá, já fiz sobre livros que se tornaram filmes e os comparei, mas nunca, nunquinha fiz resenha de um filme, exclusivamente. Abro uma exceção, entretanto, para o filme Noé. Quem leu meus livros, deve imaginar o porquê do meu fascínio pelo longa, e quem não leu, bem, que isso sirva para aguçar ainda mais sua curiosidade, tanto a respeito do filme, quanto a respeito da série Limiar, rs.
Logo que vi o trailer já fiquei enlouquecida querendo assistir ao filme, ainda mais porque tinha Russell Crowe e Emma Watson no elenco. Porém, quiseram os céus que eu só tivesse a oportunidade de prestigiá-lo no último dia em que ele estaria em cartaz na minha cidade - que foi a última cidade a receber o filme!
Infortúnios à parte, finalmente consegui "arrastar" uma amiga para assisti-lo comigo. E gente, que arrependimento de não tê-lo visto logo, pois aí poderia assistir mais uma, duas, três vezes ao filme antes que ele saísse de cartaz.
Todo mundo conhece a história de Noé tal e qual está na Bíblia, certo? E grande parte dos espectadores, esperavam ver no longa, uma fiel reprodução do que estava no livro sagrado... Devido a isso, o filme colheu inúmeras e injustas críticas. Primeiro, porque o filme nunca se propôs a ser um filme bíblico, mas sim um filme de entretenimento, e segundo porque a história de Noé não está contada apenas na Bíblia ocidental, mas em diversos textos, provenientes das mais diversas culturas e civilizações, portanto, cuidado quando você afirmar que aquilo é um "monte de besteira", pode ser que um "monte de besteira" sejam suas opiniões, que se baseiam em uma única fonte de informação.
Bom, mas deixando o momento TPM pra lá, quero dizer que eu AMEI o filme! Gente, aquela cena dos caídos ficando presos a corpos de barro, a cena do Vale dos Sentinelas (chamados de Guardiões no filme), e a do Big Bang dando origem ao universo, me deram vontade de gritar, fizeram meu coração disparar e o ar me faltar, sério! Gente, que lindo ver isso tudo tomando forma! Tudo como eu imaginei enquanto lia o Livro de Enoque e também depois quando escrevi Limiar. Inclusive os caídos que eram constituídos de fogo, numa forma etérea e depois são "aprisionados" em corpo de barro (uma clara alusão aos seres humanos), demais, demais, demais! Será que eu posso "roubar" algumas cenas para fazer um booktrailer de Refúgio? Confesso que a vontade é grande!
O filme trouxe à tona um desejo que eu venho nutrindo há alguns anos de traduzir e adaptar o Livro de Enoque para o português e publicá-lo no Brasil, pois, apesar de ser referência para qualquer estudioso e/ou curioso sobre anjos e nefilins, ele nunca foi oficialmente publicado e divulgado em nosso país (pelo menos eu não encontrei nada a esse respeito, se eu estiver enganada, por favor me corrijam). Acho que nem vou dormir essa noite, vou começar a fazer isso já! O que acham da ideia?

Em tempo: 
Enoque – חנוך, Chanoch ou Hanokh – é o nome dado a uma das personagens bíblicas mais peculiares e misteriosas das Escrituras. Nasceu, segundo os escritos judeus, na sétima geração depois de Adão, sendo filho de Jarede, e pai de uma outra personagem, Matusalém.
De acordo com o relato de Gênesis, capítulo 5, versos 22-24, Enoque teria sido arrebatado por Deus para que não experimentasse a morte e na certa fosse poupado da ira dodilúvio:
E andou Enoque com Deus, depois que gerou a Matusalém, trezentos anos, e gerou filhos e filhas. E foram todos os dias de Enoque trezentos e sessenta e cinco anos. E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou.
Há dois aspectos extraordinários no relato de Enoque, enfocados nesses versículos, que não foram enfocados em outras gerações: as indicações do texto de que ele “andou com Deus” e o fato que, supostamente, ele não teria morrido, pois “Deus para si o tomou”. Estes relatos foram a origem de muitas fábulas, lendas e midrashim (estudos rabínicos mais aprofundados) de sábios judeus ao longo de séculos. Muitos deles se incomodaram muito pelo fato que Enoque "só" vivera 365 anos, uma curta duração de vida para sua época, de acordo com o livro de Gênesis.
Sobre este personagem bíblico existem também os livros apócrifos pseudoepígrafos: “Livro de Enoque I” e o “Livro de Enoque II, que fazem parte do cânone de alguns grupos religiosos, principalmente dos cristãos da Etiópia”, mas que foram rejeitados pelos cristãos e hebreus, por serem particularmente incômodos para os clérigos do ponto de vista político. Todavia, a epístola de Judas, no Novo Testamento bíblico, faz uma menção expressa ao Livro de Enoque, fazendo uma breve citação nos versos 14 e 15 de seu único capítulo.
De acordo com o relato contido em Gênesis sobre a idade dos patriarcas, Sete e seus filhos ainda viviam quando Enoque foi tomado por Deus, bem como Matusalém e Lameque.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Enoque_(antepassado_de_No%C3%A9)

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Mais notícias de "Refúgio", o último livro da trilogia Limiar

Eu sei que meu blog anda "às moscas" e vocês, meio "desatualizados", mas por favor, me perdoem, ando um pouco atrapalhada, com a vida voltando aos eixos lentamente. Venho hoje trazer-lhes algumas novidades sobre Refúgio, o terceiro e último livro da trilogia Limiar. Ainda sem uma data confirmada para seu lançamento, ele já está na gráfica, com uma diagramação linda feita mais uma vez pela querida Gisele Garcia, com ilustrações perfeitas de Rodrigo Monteiro e com uma capa divina de Luciana Waack. Seguem abaixo algumas imagens para que vocês possam ter uma ideia de como ele está ficando:

Esta é a capa completa, finalizada, com os textos e orelhas.
Este é o miolo do livro, com a diagramação dos capítulos iniciais em destaque



E essas são algumas das ilustrações presentes no livro

Espero que tenham gostado e que estejam tão ansiosos pelo lançamento de Refúgio quanto eu!!!

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Resenha de "O morro dos ventos uivantes"



Sinopse:Na fazenda chamada Morro dos Ventos Uivantes nasce uma paixão devastadora entre Heathcliff e Catherine, amigos de infância e cruelmente separados pelo destino. Mas a união do casal é mais forte do que qualquer tormenta: um amor proibido que deixará rastros de ira e vingança. "Meu amor por Heathcliff é como uma rocha eterna. Eu sou Heathcliff", diz a apaixonada Cathy. O único romance escrito por Emily Brontë e uma das histórias de amor mais surpreendentes de todos os tempos, O Morro dos Ventos Uivantes é um clássico da literatura inglesa e tornou-se o livro favorito de milhares de pessoas, incluindo os belos personagens de Stephenie Meyer.

Meus comentários:  Sabe aquele tipo de pessoa que quando está deprimida, vai assistir, ler ou ouvir algo beeeeeeeeeeem triste pra ficar mais deprimida ainda? Pois é, eu sou desse tipo de pessoa. Pense que no auge da minha depressão, decidi ler "O morro dos ventos uivantes". E não foi porque ele é citado em Crepúsculo, como a maioria pode imaginar, mas foi porque certo dia, vi um trecho desse filme, para ser mais exata, a cena onde Heathcliff ao saber da morte da amada, exclama:
"Fica comigo para sempre... toma qualquer forma... enlouquece-me! Mas não me deixes neste abismo onde não possa te encontrar! Oh, Senhor! É inexprimível! Não posso viver sem minha vida! Não posso viver sem minha alma!"
 Pronto, foi o que bastou para me convencer a comprar e ler o livro IMEDIATAMENTE! Um dos clássicos da Literatura mundial, "O morro dos ventos uivantes" é diferente do que estou habituada a ler, confesso. Seu ritmo é lento, mas as descrições são tão fascinantes, tão vívidas, que você se sente imerso na história. E os personagens, muito bem construídos, conseguem cativar o leitor, ou fazer-nos odiá-los ardentemente. Não me conformo por exemplo com a Catherine, a personagem principal, como assim ela casa com o outro só por causa de dinheiro, status? Ai que vontade de esganá-la! Já Heathcliff que a princípio nos causa repúdio, depois nos causa piedade e compaixão. Vítima de uma mulher egoísta e interesseira, destrói a própria vida e de todos a sua volta, numa vingança infrutífera e sem sentido, numa tentativa inútil de preencher o vazio deixado por aquela que amava. "O morro dos ventos uivantes" é um dos livros mais belos e mais tristes, mais cativantes e apaixonantes que já li, tudo a um só tempo.

Seguem alguns dos meus trechos favoritos do livro:
 "E o meu amor por Heathcliff é como as rochas eternas que ficam debaixo do chão; uma fonte de felicidade quase invisível, mas necessária. Nelly, eu sou Heathcliff. Sempre, sempre o tenho em meu pensamento. Não é como um prazer - porque eu também não sou um prazer para mim própria - mas como o meu próprio ser. Portanto, não fale mais em separação: é impraticável..."

 "Agora você está mostrando o quanto foi cruel, o quanto foi cruel e falsa. Por que me desprezou: Por que traiu seu coração, seu próprio coração, Cathy? Não tenho para lhe dar uma palavra de consolo. Merece o que está sofrendo. Matou-se com suas mãos. Pode me beijar e chorar... pode arrancar de mim também beijos e lágrimas: o choro e os beijos só servirão para queimá-la melhor... para condená-la mais... Você me amava... que direito tinha então de me deixar? Que direito, responda! Lhe dava o miserável capricho que sentia por Linton? Por que nem a desgraça, nem a miséria, nem a morte, nem nada, nenhuma praga mandada por Deus ou satanás nos poderia separar, você, por sua vontade, nos separou! Não lhe despedacei o coração; você o despedaçou sozinha! E com o seu, esmagou também o meu. Pior para mim, que sou o mais forte. Quero por acaso viver? Que vida será a minha quando você... Oh, Deus do céu! Quereria você viver com sua alma enterrada num túmulo?"

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Capa de Refúgio

Eu sei que a história dessa capa já está virando uma novela, mas parece que agora finalmente chegamos ao final feliz, rs. A capista Luciana Waack ainda está correndo atrás dos direitos da imagem, mas por enquanto, a capa (não-oficial) será esta:

Segue ela inteira, com frente e verso, porém ainda sem os textos:
E aí, o que acharam? Eu, honestamente, fiquei sem fôlego!!!

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Resenha: O Lado Bom da Vida

Sinopse:
Pat Peoples, um ex-professor na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele “lugar ruim”, Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um "tempo separados". Tentando recompor o quebra-cabeças de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com seu pai se recusando a falar com ele, a esposa negando-se a aceitar revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu antes da internação, Pat, agora viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida. Uma história comovente e encantadora, de um homem que não desiste da felicidade, do amor e de ter esperança.


Meu comentário:
Eu nunca havia pensado nisso, mas após ler "O Lado Bom da Vida", eu acredito que às vezes você encontra o livro certo e às vezes o livro certo te encontra, no momento certo. Foi o que aconteceu comigo ao ler "O Lado Bom da Vida". Eu havia acabado de perder meu marido quando assisti ao filme na televisão. Adorei o filme, que tratava exatamente do que eu estava passando naquele momento, da perda da pessoa amada. Alie-se a isso o fato de Pat ser um ex-professor, rs. Não pensei duas vezes e comprei o livro no dia seguinte. Ele passou a ser meu companheiro naqueles momentos tão difíceis. Comecei a lê-lo em todos os lugares: no ônibus, na sala de espera do médico, em casa... 
"O Lado Bom da Vida", como o próprio nome nos diz, é um livro que nos leva a refletir que não importa o que tenha acontecido em nossas vidas, sempre existem razões para continuar, sempre existirão coisas boas que nos incentivarão a sobreviver. Sempre é possível obter novas amizades, novos objetivos, novos sonhos, ressignificar nossos relacionamentos familiares, 
Para mim, o único defeito do livro é que ele fala DEMAIS de futebol americano, honestamente, achei aquilo desnecessário. Além de eu não entender bulhufas sobre o tal esporte, isso é o tipo de coisa que não me interessa nem um pouco. É claro que compreendo que no livro isso é algo que leva Pat a se unir ao pai e ao irmão, mas mesmo assim, em dados momentos, fiquei enfastiada de tanto ler sobre o assunto. Acho que o autor poderia ter suprimido alguns detalhes a esse respeito. 
Outra ressalva que eu gostaria de fazer é sobre a adaptação cinematográfica dessa obra. O final do filme é um pouco diferente do final do livro e confesso, gostei mais do final apresentado pelo filme. É mais romântico e consistente. Alguns diálogos também foram melhorados. Sei que é raro alguém afirmar isso, mas mesmo eu tendo adorado o livro, eu acho que apenas assistir ao filme está de bom tamanho. O filme consegue transmitir a mensagem principal da história, sem enrolação. Ou seja, se você é do tipo "vou esperar sair o filme", não vai perder nada em agir assim, ao menos nesse caso, rs



sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Capa de Refúgio

Para alegria dos amigos que acompanham meu trabalho, Refúgio encontra-se em estágio final de preparação. Estamos agora batalhando com a capa deste novo livro. À princípio gostei muito desta imagem, mas estamos tendo problemas para conseguir a liberação dela, cujos direitos pertencem a um ateliê de vestidos de noivas localizado na Itália!
Então estamos selecionando outras imagens, e gostaria que os leitores me ajudassem a selecionar a melhor opção dentre as imagens abaixo:

Foto 1

Foto 2

Fotos 3 e 4

Foto 5

Foto 6

Foto 7

Aguardo por comentários aqui, pelo facebook (https://www.facebook.com/elainevelascoautora) ou por 
e-mail (elainevelascoautora@gmail.com). Desde já agradeço pela colaboração!!!