quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Resenha de "O morro dos ventos uivantes"



Sinopse:Na fazenda chamada Morro dos Ventos Uivantes nasce uma paixão devastadora entre Heathcliff e Catherine, amigos de infância e cruelmente separados pelo destino. Mas a união do casal é mais forte do que qualquer tormenta: um amor proibido que deixará rastros de ira e vingança. "Meu amor por Heathcliff é como uma rocha eterna. Eu sou Heathcliff", diz a apaixonada Cathy. O único romance escrito por Emily Brontë e uma das histórias de amor mais surpreendentes de todos os tempos, O Morro dos Ventos Uivantes é um clássico da literatura inglesa e tornou-se o livro favorito de milhares de pessoas, incluindo os belos personagens de Stephenie Meyer.

Meus comentários:  Sabe aquele tipo de pessoa que quando está deprimida, vai assistir, ler ou ouvir algo beeeeeeeeeeem triste pra ficar mais deprimida ainda? Pois é, eu sou desse tipo de pessoa. Pense que no auge da minha depressão, decidi ler "O morro dos ventos uivantes". E não foi porque ele é citado em Crepúsculo, como a maioria pode imaginar, mas foi porque certo dia, vi um trecho desse filme, para ser mais exata, a cena onde Heathcliff ao saber da morte da amada, exclama:
"Fica comigo para sempre... toma qualquer forma... enlouquece-me! Mas não me deixes neste abismo onde não possa te encontrar! Oh, Senhor! É inexprimível! Não posso viver sem minha vida! Não posso viver sem minha alma!"
 Pronto, foi o que bastou para me convencer a comprar e ler o livro IMEDIATAMENTE! Um dos clássicos da Literatura mundial, "O morro dos ventos uivantes" é diferente do que estou habituada a ler, confesso. Seu ritmo é lento, mas as descrições são tão fascinantes, tão vívidas, que você se sente imerso na história. E os personagens, muito bem construídos, conseguem cativar o leitor, ou fazer-nos odiá-los ardentemente. Não me conformo por exemplo com a Catherine, a personagem principal, como assim ela casa com o outro só por causa de dinheiro, status? Ai que vontade de esganá-la! Já Heathcliff que a princípio nos causa repúdio, depois nos causa piedade e compaixão. Vítima de uma mulher egoísta e interesseira, destrói a própria vida e de todos a sua volta, numa vingança infrutífera e sem sentido, numa tentativa inútil de preencher o vazio deixado por aquela que amava. "O morro dos ventos uivantes" é um dos livros mais belos e mais tristes, mais cativantes e apaixonantes que já li, tudo a um só tempo.

Seguem alguns dos meus trechos favoritos do livro:
 "E o meu amor por Heathcliff é como as rochas eternas que ficam debaixo do chão; uma fonte de felicidade quase invisível, mas necessária. Nelly, eu sou Heathcliff. Sempre, sempre o tenho em meu pensamento. Não é como um prazer - porque eu também não sou um prazer para mim própria - mas como o meu próprio ser. Portanto, não fale mais em separação: é impraticável..."

 "Agora você está mostrando o quanto foi cruel, o quanto foi cruel e falsa. Por que me desprezou: Por que traiu seu coração, seu próprio coração, Cathy? Não tenho para lhe dar uma palavra de consolo. Merece o que está sofrendo. Matou-se com suas mãos. Pode me beijar e chorar... pode arrancar de mim também beijos e lágrimas: o choro e os beijos só servirão para queimá-la melhor... para condená-la mais... Você me amava... que direito tinha então de me deixar? Que direito, responda! Lhe dava o miserável capricho que sentia por Linton? Por que nem a desgraça, nem a miséria, nem a morte, nem nada, nenhuma praga mandada por Deus ou satanás nos poderia separar, você, por sua vontade, nos separou! Não lhe despedacei o coração; você o despedaçou sozinha! E com o seu, esmagou também o meu. Pior para mim, que sou o mais forte. Quero por acaso viver? Que vida será a minha quando você... Oh, Deus do céu! Quereria você viver com sua alma enterrada num túmulo?"

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Capa de Refúgio

Eu sei que a história dessa capa já está virando uma novela, mas parece que agora finalmente chegamos ao final feliz, rs. A capista Luciana Waack ainda está correndo atrás dos direitos da imagem, mas por enquanto, a capa (não-oficial) será esta:

Segue ela inteira, com frente e verso, porém ainda sem os textos:
E aí, o que acharam? Eu, honestamente, fiquei sem fôlego!!!

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Resenha: O Lado Bom da Vida

Sinopse:
Pat Peoples, um ex-professor na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele “lugar ruim”, Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um "tempo separados". Tentando recompor o quebra-cabeças de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com seu pai se recusando a falar com ele, a esposa negando-se a aceitar revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu antes da internação, Pat, agora viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida. Uma história comovente e encantadora, de um homem que não desiste da felicidade, do amor e de ter esperança.


Meu comentário:
Eu nunca havia pensado nisso, mas após ler "O Lado Bom da Vida", eu acredito que às vezes você encontra o livro certo e às vezes o livro certo te encontra, no momento certo. Foi o que aconteceu comigo ao ler "O Lado Bom da Vida". Eu havia acabado de perder meu marido quando assisti ao filme na televisão. Adorei o filme, que tratava exatamente do que eu estava passando naquele momento, da perda da pessoa amada. Alie-se a isso o fato de Pat ser um ex-professor, rs. Não pensei duas vezes e comprei o livro no dia seguinte. Ele passou a ser meu companheiro naqueles momentos tão difíceis. Comecei a lê-lo em todos os lugares: no ônibus, na sala de espera do médico, em casa... 
"O Lado Bom da Vida", como o próprio nome nos diz, é um livro que nos leva a refletir que não importa o que tenha acontecido em nossas vidas, sempre existem razões para continuar, sempre existirão coisas boas que nos incentivarão a sobreviver. Sempre é possível obter novas amizades, novos objetivos, novos sonhos, ressignificar nossos relacionamentos familiares, 
Para mim, o único defeito do livro é que ele fala DEMAIS de futebol americano, honestamente, achei aquilo desnecessário. Além de eu não entender bulhufas sobre o tal esporte, isso é o tipo de coisa que não me interessa nem um pouco. É claro que compreendo que no livro isso é algo que leva Pat a se unir ao pai e ao irmão, mas mesmo assim, em dados momentos, fiquei enfastiada de tanto ler sobre o assunto. Acho que o autor poderia ter suprimido alguns detalhes a esse respeito. 
Outra ressalva que eu gostaria de fazer é sobre a adaptação cinematográfica dessa obra. O final do filme é um pouco diferente do final do livro e confesso, gostei mais do final apresentado pelo filme. É mais romântico e consistente. Alguns diálogos também foram melhorados. Sei que é raro alguém afirmar isso, mas mesmo eu tendo adorado o livro, eu acho que apenas assistir ao filme está de bom tamanho. O filme consegue transmitir a mensagem principal da história, sem enrolação. Ou seja, se você é do tipo "vou esperar sair o filme", não vai perder nada em agir assim, ao menos nesse caso, rs